Viagem ao centro da célula
Planetário inflável é adaptado para simular uma viagem em 3D pelo interior celular, com direito a visitas ao citoplasma, núcleo e organelas. A ferramenta já faz parte do cotidiano escolar de Ribeirão Preto.
Por: Gabriela Reznik
Publicado em 04/05/2011 | Atualizado em 04/05/2011
Alunos assistem ao filme sobre o universo celular, deitados, no interior do Celularium. Antes da exibição, há uma conversa introdutória com um mediador. (foto: Assessoria de Imprensa do Hemocentro)
Um planetário inflável de 22m² imerge alunos e professores no universo da célula animal. O filme, exibido em 360° no seu interior, simula uma viagem em três dimensões pelos componentes celulares.
Concebida pela Casa da Ciência da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, a exibição mergulha o viajante por um dos canais seletivos da membrana até o citoplasma. Dali, ele passa por organelas, pelo núcleo celular e pode até participar da captura de partículas extracelulares pelo lisossomo.
Inaugurado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em 2010, o Celularium – em alusão ao tradicional Planetarium – já é parte do cotidiano escolar de Ribeirão Preto e vem auxiliando alunos da região no aprendizado sobre o funcionamento e a dinâmica da célula.
“Nos livros didáticos, os alunos veem a célula como algo chapado, bidimensional. O vídeo faz a criança enxergá-la de forma dinâmica e em movimento, oferecendo outra perspectiva“, diz Vinicius Moreno Godói, um dos coordenadores do projeto.
Almofadas e células de verdade
Colocar a cúpula em pé é a primeira etapa para a exibição do Celularium. “O planetário fica cheio em 12 minutos e o material é que nem macacão de piloto de Fórmula 1, infla e não pega fogo”, brinca Godói.
Depois de cheio, o espaço interno comporta um grupo de até 40 pessoas por vez. Elas são convidadas a relaxar sobre as almofadas e desfrutar do passeio celular. Dois mediadores apresentam o vídeo. Ao final de 17 minutos de projeção, o grupo é direcionado a uma atividade complementar, na qual observam células de verdade em microscópios.
O filme exibido é uma animação gráfica computadorizada, elaborada pela Animalux, empresa incubada no Hemocentro. “A Animalux contribuiu com a parte técnica, enquanto os pesquisadores da fundação orientaram sobre o conteúdo científico do vídeo”, explica Godói.
A cúpula inflável e o projetor, de tecnologia fulldome digital, já pertenciam ao Hemocentro desde 2007, mas tiveram sua primeira aparição em público somente em 2009, numa exibição piloto.
Com apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Celular, o Hemocentro conseguiu produzir um filme mais longo para a Semana Nacional no ano passado. A célula foi escolhida como tema tanto por estar presente no currículo escolar quanto por ser objeto de estudo do Centro de Terapia Celular do Hemocentro, que tem foco em pesquisas com células-tronco.
Gabriela ReznikCiência Hoje On-line
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