Estoca-se gás carbônico
Métodos de armazenamento embaixo do solo despontam como importantes aliados nas ações de mitigação do aquecimento global. Por outro lado, as técnicas ainda são caras e envolvem riscos para a saúde humana e animal.
Por: Rafael Foltram
Publicado em 07/04/2011 | Atualizado em 07/04/2011
Opções de armazenamento de gás carbônico em formações geológicas subterrâneas. Entre elas estão os reservatórios de óleo e gás e as formações salinas mencionadas por pesquisadores japoneses em ciclo de conferências na USP. (foto: reprodução)
Com o aquecimento global já em curso e diante de previsões nada animadoras sobre o futuro do clima, a comunidade científica mundial corre contra o relógio em busca de soluções para contornar o problema. É nesse contexto que despontam as tecnologias de captura e armazenamento de gás carbônico (CCS, na sigla em inglês).
A ideia por trás dessas tecnologias é a mesma: capturar o gás carbônico da atmosfera ou de qualquer outra fonte, concentrá-lo e injetá-lo em formações geológicas subterrâneas, tanto no continente quanto no oceano.
Como a diminuição do uso de combustíveis fósseis, grandes vilões do aquecimento global, e o rearranjo ecológico do uso da terra, fundamental para contornar o problema, ainda estão longe de serem concretizados, o CCS surge como uma boa alternativa para complementar os esforços globais de mitigação das mudanças climáticas.
“Com a melhoria de tecnologias antigas e a descoberta de outras novas, devemos atingir uma emissão negativa de gases de efeito estufa em 2080”
“Com a melhoria de tecnologias antigas e a descoberta de outras novas, devemos atingir uma emissão negativa de gases de efeito estufa em 2080”, estima o engenheiro ambiental Tetsuya Suekane, que pesquisa novas técnicas para o controle dos gases causadores do efeito estufa na Universidade de Tokushima, no Japão.
O pesquisador explica que as emissões negativas são importantes para reverter a tendência atual de aumento da temperatura média global e garantir a segurança climática em longo prazo. Mas, para isso, não basta emitir menos, é preciso capturar os compostos já liberados para a atmosfera.
Mais informações no site: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/04/estoca-se-gas-carbonico
Importante matéria para alunos associarem o ciclo do carbono às mudanças climáticas de nosso tempo, além de ter como subsídio teórico para reflexões em sala de aula.
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