sábado, 30 de abril de 2011

O futuro da medicina é personalizado

A reprogramação celular é uma técnica recente. Apesar de já estar contribuindo nas pesquisas médicas, ainda tem pela frente muitos desafios. Stevens Rehen, especialista no assunto, fala sobre a técnica e traça um panorama dos estudos com células-tronco. 

O herói Super-Homem, criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, era capaz de transformar com as próprias mãos carvão em diamante.
A ideia é delirante, mas seu equivalente na biologia começou a acontecer em 2007, quando, no Japão, Shynia Yamanaka transformou pela primeira vez células da pele em células-tronco de pluripotência induzida (iPS). Usou as mãos e um punhado de vírus. O método ficou conhecido como reprogramação celular.
As células iPS são equivalentes às células-tronco embrionárias, derivadas de embriões e capazes de se transformar em qualquer tipo celular do corpo humano. Essa característica é conhecida como pluripotência. Se Armando Nogueira tivesse que definir pluripotência, provavelmente diria que é como um jogador de futebol que joga nas 11 posições, de goleiro a centroavante.
Se Armando Nogueira tivesse que definir pluripotência, provavelmente diria que é como um jogador de futebol que joga nas 11 posições
A pluripotência separa as células-tronco derivadas de embrião e as reprogramadas das células-tronco de órgãos específicos, ou células-tronco adultas. Nessa categoria estão as células-tronco da medula óssea, do tecido adiposo e do cordão umbilical, com potencial limitado de crescimento e diferenciação.
Criar células iPS é mais um capítulo de uma bela história de sucessos iniciada há trinta e poucos anos, quando Mario Capecchi, Martin J. Evans e Oliver Smithies, ganhadores do Prêmio Nobel de Medicina, isolaram as primeiras linhagens de células-tronco embrionárias de camundongos.

Barreiras transpostas

Shynia Yamanaka
Pesquisador japonês Shynia Yamanaka (foto: Rubenstein/ CC BY 2.0)
O desenvolvimento de técnicas de reprogramação celular pela equipe de Shynia Yamanaka alterou radicalmente o panorama das pesquisas sobre células-tronco em todo o mundo. Criou alternativas para a superação de barreiras que limitam o sucesso terapêutico de células pluripotentes, vislumbrado desde o isolamento das primeiras células-tronco embrionárias humanas, há 12 anos, pela equipe de James Thomson, nos Estados Unidos.
A primeira dessas barreiras está na dificuldade prática para a obtenção de embriões, necessários à criação de células-tronco embrionárias. A outra está na possibilidade de rejeição das células-tronco embrionárias humanas quando transplantadas em pacientes.
Nesse sentido, cabe lembrar que mesmo que o ensaio clínico iniciado recentemente nos Estados Unidos seja bem-sucedido, todos os pacientes com lesão medular que vierem a receber derivados de células-tronco embrionárias humanas terão que tomar, por toda a vida, medicamentos imunossupressores, de modo que seus corpos jamais rejeitem o material transplantado.
Células iPS são geradas à la carte, cada uma delas carregando a identidade genética de um determinado paciente. Não são necessários embriões para sua obtenção, que é personalizada, o que, por sua vez, elimina a chance de serem confundidas com células invasoras no próprio corpo. 
Por outro lado, sua aplicação na prática médica, como alternativa às células-tronco embrionárias ou transplantes em geral, ainda depende de uma série de avanços na própria técnica de reprogramação celular.
 

Tecnologia em tenra idade

A principal vantagem da utilização das células iPS é que elas podem ser derivadas de qualquer paciente com relativa facilidade, permitindo assim o desenvolvimento de um serviço personalizado de busca de medicamentos.
Neurônios diferenciados a partir de células iPS conservam a identidade pessoal do doador, funcionando como um alter ego cerebral, um avatar biológico, que pode ser usado para identificar diferenças específicas de resposta a medicamentos naquele indivíduo.
Apesar de já contribuir – combinada aos métodos tradicionais de análise e aos modelos animais – para a descrição do efeito de novos medicamentos e das inúmeras promessas, é importante lembrar que a tecnologia de reprogramação de células ainda está em sua tenra infância e tem inúmeros desafios a superar antes de sua aplicação na área clínica.
Também não há garantias em relação ao tempo, podendo demorar muitos anos até que a tecnologia de iPS se torne realidade na prática médica.
Christopher Reeve, o primeiro super-homem do cinema, faleceu em 2004, em decorrência de complicações de um acidente que o deixou tetraplégico. Era um entusiasta da pesquisa com células-tronco, mas não chegou a conhecer as células iPS.
Christopher Reeves
Christopher Reeve ficou eternizado nos cinemas após interpretar o Super-Homem. O ator dos Estados Unidos era entusiasta das pesquisas com células-tronco. Faleceu em 2004 antes de as células iPS serem desenvolvidas. (Flickr/ bedheaded – CC BY-NC-ND 2.0)
Fico imaginando como seria seu encontro com Shynia Yamanaka, que, da sua maneira, também foi capaz de transformar carvão em diamante.

Stevens RehenInstituto de Ciências Biomédicas
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fonte: Ciencia Hoje On-line
 

sexta-feira, 29 de abril de 2011

PARA ADOÇÃO!

Meus leitores, estou divulgando a imagem dessa cadelinha sem raça definida que estou disponibilizando para adoção, ela apareceu no domingo de Páscoa, com fome e machucada. Ela come bem ração e está banhadinha e se recuperando, não posso ficar com ela, pois já tenho dois animais de estimação. Quem se interessar, entre em contato!
OBS: Você leva de presente uma amiguinha fiel, mais sabonete, shampoo e ração, para continuar cuidando bem dela!

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MANIPULAÇÃO GENÉTICA DÁ NISSO...

Do Blog do Diego Sousa

Na sessão da Câmara de quarta-feira

Estive presente na sessão de quarta-feira na câmara onde desde o inicío da mesma senti um clima de muita tensão, alguns vereadores estavam visivelmente incomodados com a minha presença, pois não paravam de me olhar, até próximo do término tudo corria tranqüilo até que levei algumas indiretas, como foi a do Vereador Edmilson Galeno/PR que em um dado momento chamou a oposição de Americano seu distrito de "cambada de fofoqueiros" e tabém afirmou que tinha gente em Santa Izabel escrevendo muita coisa, fazendo críticas que não tinham cabimento e que escrever era fácil mas estar na pele dos vereadores era difícil, tem mais o Vereador afirmou veemente que vereador só serve pra pedir mesmo e nada além, que o papel deles é esse, pois ao vereador vai a crítica: o Senhor deveria ter estudado um pouco mais sobre o seu papel até mesmo antes de ser candidato, parece que o senhor não leu minha matéria no Jornal O Impacto, se a tivesse lido saberia o minímo que um vereador pode fazer, só pedir é muito pouco, o senhor e os demais tem é que cobrar, ir em cima, só pedir faça-me rir vereador.
Esperei mesmo foi pelo posicionamento do Presidente da casa o Vereador Nunes Promoções que ao final também deu sua alfinetada, disse ele: "A imprensa é livre para publicar o que quiser, só tem que fazer isto de forma responsável, esta casa está aberta a você Diego, ao Bruno Marques e a qualquer outra pessoa que quizer informações, disse ainda: antes de publicar algo como a matéria das diárias venha até mim, pois você ficara mais respaldado, me procure e eu te digo o que você poderá publicar e estamos ao lado da gestão sim, mas a partir do momento que o executivo falha sentamos e conversamos para corrigir os erros democraticamente"

Minha resposta: Caro Presidente da Câmara não tive tempo de ficar para conversarmos, mas gostaria que soubesse que tudo o que publico e faço é sempre com muita responssabilidade, a respeito das diárias enviarei documento pedindo esclarecimentos ainda na semana que vem, não o fiz antes por falta de tempo, porém quando puliquei a matéria não afirmei nada apenas propaguei o tal boato das diárias, fique o senhor Excelência tranquilo, agora a sociedade izabelense quer esclarecimentos sobre esta questão, quanto a consultá-lo para saber o que posso publicar ou não, penso que como nunca tive um tutor minha inconformidade com as mazé-las que atingem meu município jamais permitiriam que vossa excelência o fosse, quanto a cobrança as possíveis falhas do executivo vossa excelência não deve estar morando em Santa Izabel, pois se as tais cobranças fossem realmente feitas nossa cidade não estaria na situação que retratei em minh matéria no Jornal: Santa Izabel, cidade sem oposição, aconse-lho o senhor a lê-la.

terça-feira, 26 de abril de 2011

OBRIGADA!!!

Foi difícil para o Pelé e para o Romário chegarem ao milésimo gol, mas é muito difícil  também chegar a mais de 1000 acessos em um mês! 
Agradeço a todos meus amigos, alunos e leitores que me prestigiam com suas visitas!

ESSA ERA LOUCA!!!

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DESTAQUE DA Revista CH / 2011

Terras secas

A desertificação ameaça um sexto da população brasileira. Dentre suas principais consequências estão a redução da produção agrícola e da biodiversidade, a migração e a pobreza das populações afetadas. O tema é destaque da CH 280. 

Dedo humano

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, ao menos em 100 países, 1 bilhão de pessoas seja ameaçado pelo processo de degradação de terras secas. E 24 milhões delas já sofrem os efeitos do fenômeno – a maior parte na África, continente mais afetado.
No Brasil, moradores de parte do 1,1 milhão de quilômetros quadrados suscetíveis à desertificação já veem todos os dias a imagem do solo seco e rachado sem potencial produtivo. A seriedade do problema levou a ONU a declarar esta a Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação.
Flor de xique-xique
Flor de xique-xique, uma das espécies típicas do semiárido ameaçadas pela dsertificação (foto: Bartolomeu Israel de Souza)
Engana-se, no entanto, quem pensa que o cenário da desertificação se parece com desertos como o Saara africano ou o Atacama, no Chile. “Esses são biomas equilibrados, resultado de processos naturais que duraram milhares de anos”, explica Souza. “Terras desertificadas, por outro lado, são resultado principalmente da ação humana, em um espaço de tempo muito mais curto, insuficiente para o ambiente se reequilibrar.”
As atividades humanas que podem deflagrar, causar ou acentuar o processo de desertificação são muitas – vão desde o desmatamento, passando pelo pastejo excessivo até formas de irrigação danosas.
Terras desertificadas são resultado principalmente da ação humana, em um espaço de tempo muito mais curto
O fenômeno começou a ser percebido no Brasil na década de 1970, quando foram lançados os primeiros estudos sobre o problema – antes apontado como exclusivamente africano.
Quarenta anos depois, poderia se pensar que já há uma vasta base de dados acerca das regiões mais desertificadas ou que têm maior potencial de desertificação no país – além de inúmeros programas governamentais para dar conta do problema.
A realidade, no entanto, não é bem essa. Há, de fato, cada vez mais pesquisas em universidades nordestinas que buscam analisar melhor o processo. Mas, por necessidade, esses estudos são muito locais e usam parâmetros específicos para designar uma região suscetível à desertificação ou analisar aquelas onde o processo já ocorre – os chamados índices de desertificação.
A pesquisa de Souza, por exemplo, é focada na região do Cariri paraibano – e nem por isso deixa de ser um trabalho hercúleo, com coletas de solo, pesquisas de campo e análises em laboratório. O fato, porém, é que é difícil ter um panorama mais abrangente de como a desertificação tem atingido os estados brasileiros nas últimas décadas.

Isabela FragaCiência Hoje/RJ
Texto originalmente publicado na CH 280 (abril de 2011).
 

Poder cicatrizante

Dermatologista mostra eficiência da fenitoína na regeneração de lesões da pele. Já bem conhecida, substância é usualmente empregada como anticonvulsivante. 

A constatação de que o uso do anticonvulsivante fenitoína causa aumento exagerado da gengiva em 20% dos pacientes que fazem uso crônico da droga levou o dermatologista Carlos Augusto Pereira, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, a testar se esse efeito hiperplásico ajudaria na cicatrização de feridas cutâneas.
O tema foi objeto da pesquisa de doutorado de Pereira, feito na Universidade Federal de São Paulo, sob orientação da professora Alice Alchorne. O trabalho, que envolveu 100 pacientes da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, avaliou o efeito da fenitoína na cicatrização de lesões resultantes da remoção cirúrgica de nevos melanocíticos.
Popularmente conhecidos como ‘pintas’, os nevos são neoplasias benignas da pele
“Popularmente conhecidos como ‘pintas’, os nevos são neoplasias benignas da pele, congênitas ou adquiridas, que se manifestam igualmente em homens e mulheres”, explica Pereira.
Dos pacientes recrutados, metade tinha dois nevos na face; a outra metade tinha dois nevos na parte posterior do tórax. O critério de seleção dos pacientes foi a presença de duas lesões simétricas.
“Elas deviam estar presentes na mesma parte do corpo e ter indicação de cirurgia devido a sinais de conversão maligna, como crescimento rápido, aumento de pigmentação e prurido local”, detalha o dermatologista.
Os pacientes foram instruídos a fazer o curativo das feridas diariamente, aplicando o creme-controle (inócuo) em uma das lesões e o creme enriquecido com 0,5% de fenitoína na outra. Isso permitiu comparar o efeito da droga no mesmo paciente, que não sabia qual dos dois cremes era aplicado em cada uma das feridas.
Os tubos foram diferenciados por um sistema de cores, cujo significado só o médico conhecia (o que continha fenitoína era preto; o outro, sem o princípio ativo, era vermelho). O período de avaliação pós-operatória foi de 7, 14, 21 e 60 dias. Este último é o tempo necessário para formação de uma cicatriz estável.

Resultados animadores

O mecanismo de ação da fenitoína ainda não foi bem esclarecido, mas parece estar relacionado com alterações no metabolismo do colágeno. Além disso, a droga inibe a retração dos miofibroblastos, evitando a contração das feridas, o que resulta em cicatrizes maiores, porém planas e com melhor resultado estético.
Os miofibroblastos são componentes celulares importantes na reparação do tecido lesionado e aparecem após os fenômenos inflamatórios iniciais.
Devido às propriedades vasodilatadoras da fenitoína e a sua capacidade de dar origem a vasos sanguíneos, as lesões tratadas com a droga apresentaram mais sangramento e vermelhidão na fase inicial do processo de cicatrização. 
Etapas do tratamento com fenitoína
 
 
 
 
 
 
A sequência de imagens mostra nevos intradérmicos (A) removidos cirurgicamente (B). Em C, vemos as cicatrizes 60 dias após tratamento à base de creme enriquecido com fenitoína (parte inferior do rosto) e de creme-controle (parte superior). (fotos: Carlos Augusto Pereira/ PUCPR)
Apesar disso, o tratamento das feridas com fenitoína a 0,5% foi considerado excelente pela equipe de Pereira. Já o resultado das lesões tratadas com o creme sem o princípio ativo foi apenas bom.
Entre as vantagens da fenitoína em comparação com os produtos hoje disponíveis no mercado, Pereira ressalta o baixo custo, a redução de efeitos colaterais, como alergia, e o fato de não conter antibiótico (não causando, portanto, resistência bacteriana).
Entre as vantagens da fenitoína estão o baixo custo, a redução de efeitos colaterais e o fato de não conter antibiótico
A fenitoína já foi usada também no tratamento de lúpus eritematoso discoide e no líquen plano com bons resultados terapêuticos. Além disso, mostrou-se eficaz na aceleração do processo de cicatrização de úlceras na perna e de úlceras tróficas em hansenianos.
A droga não está disponível para comercialização na forma de uso tópico. Por isso ela deve ser manipulada em farmácias especializadas.

Sofia PereiraEspecial para a CH On-line/ PR

domingo, 24 de abril de 2011

Mensagem do blog

PARA CURTIR!

Meus caríssimos leitores, aproveitem um fim de semana acampando em Cotijuba-Pa. A ilha é ótima. Essa aí é a foto de divulgação da Tribo do sol, gerenciada pela minha amiga Nazaré Ferreira. Ela aluga barracas de camping com direito a café da manhã para duas pessoas na praia do Vai Quem Quer. Ligue para: 8821-4686 e agende, você não vai se arrepender!

Veja algumas fotos:





Vá conferir!!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

AGUARDAMOS JUSTIÇA

JULGAMENTO DO CASO DA MORTE DO MENINO PETHRUS PREVISTO PARA MAIO

       O julgamento do ex-oficial de justiça, Antônio Sérgio Barata da Silva, acusado da morte do menino Pethrus Augusto Maia, está previsto para ocorrer no mês de maio próximo, e poderá ocorrer através de júri popular.
De acordo com a polícia civil, o acusado, atualmente mantido preso no Centro de Recuperação do Coqueiro, em Ananindeua, teria realizado o seqüestro do garoto na tarde de 19 de Abril de 2008, e o assassinou brutalmente. O corpo do menino foi encontrado no dia seguinte, em um lago da Vila de Bacuriteua, em Bragança. Vale lembrar que Antônio Sérgio já responde a outro processo de homicídio, ocorrido em Rondon do Pará, em 1996.
 
Fonte:http://tribunadocaete.blogspot.com
 
Comentário do blog: Para quem conviveu com uma criança meiga que era como um anjo, foi um choque seu assassinato, o pior foi ficar de frente com o assassino! Mas acredito na justiça de Deus! Quanto na dos homens, espero que esse monstro permaneça recluso para que não faça outras famílias sofrerem!!!

O QUE VOCÊ SÓ DESCOBRE AOS 30 ANOS

Por Mariliz Pereira Jorge

 

Dá para ficar em forma, mesmo que o metabolismo sabote seu peso

 

Quando era mais jovem, eu tinha certeza de que era magra. Olhando hoje as minhas fotos, cheguei à conclusão de que fui uma garota mais gorda do que sou agora na maior parte dos meus 20 anos. Por uma razão muito clara: não sabia comer. Cozinha para mim era o lugar onde eu tomava refrigerante e fazia pipoca. E, então, não há bom metabolismo que resista. Ou melhor, hoje vejo que tenho que agradecer de joelhos por não ter me transformado numa gordinha durante essa década. E foi exatamente no ano em que tive que encarar os 30 que me dei conta de que nunca, nem na adolescência, tinha tido um corpo tão bem definido e bonito. Milagre? Nada. Aprendi que não dá para comer quatro pedaços de pizza às 10 da noite e ir dormir. E que Deus só dá bumbum durinho a quem não falta à academia. Hoje o metabolismo já não é mais o mesmo. Se exagero num jantar, por exemplo, acordo me sentindo gorda. A comida não abandona o corpo nem com reza brava. Lembro que, nos meus 20 anos, quando queria emagrecer, abria mão do jantar - unzinho só - e acordava com a barriga negativa. Não acontece mais. Esse tipo de mágica a gente desaprende a fazer quando completa 30 anos.

Só nós, mulheres, enxergamos as ruguinhas - e você pode evitá-las

 

 

Juro que pensava que, na manhã seguinte ao meu aniversário de 30 anos, acordaria velha. Oito anos depois, não tenho nenhum fio de cabelo branco e minha pele continua firme. Tem o fator genética, mas também muita disciplina. Nada é de graça na vida - muito menos o kit de produtos de beleza no meu banheiro, que não fica só enfeitando a bancada. Claro, há dias em que acordo mais amassada do que papel de chiclete no lixo. Preguiça de tirar o make, a quarta taça de vinho ou uma noite maldormida levam a culpa. Às vezes, saio correndo da cama para dar um up no visual antes que meu namorado acorde. Em outras, não há escapatória. Ainda bem que ele também já passou dos 30 e diz que fico linda descabelada e com cara de sono. Porque eu nunca mais acordei com aquela bochecha rosada do bebê Johnson. Isso acontece aos 20, nunca mais depois que a gente faz 30 anos. Uma injustiça.

Ser independente não significa salvar o mundo e ainda resgatar a Mulher Maravilha

 

 

Quem não sonhava em não dar satisfação sobre o lugar aonde vai, com quem vai e o que vai fazer? Todo mundo da Silva. Então, você sai de casa e não se contenta apenas em ter um trabalho bacana, morar num apartamento legal e passar no free shop umas duas vezes por ano. Coloca na cabeça que tem que ser autossuficiente. E isso inclui saber usar uma furadeira, dividir a merreca da conta de gás com o namorado e não chorar mais no final de um filme água com açúcar porque cresceu ouvindo que deveria ser a Mulher Maravilha. Está aí um exemplo de que nem tudo o que a gente aprende é bom. Estou tentando resgatar esse lado mulherzinha que é legal (e os meninos curtem) e ter uma vida com menos cobranças. Os homens gostam de mulheres que tenham carreira e amem o que fazem, mas adoram cuidar das mulheres que amam - e isso inclui pagar a conta do restaurante. Possoser uma profissional bem-sucedida e ainda entrar em casa e ter alguém que me abrace depois de um dia difícil - e que também cuide da pia entupida.

O sexo fica muuuuito mais gostoso

 

 

Põe o dedo aqui quem já fez alguma coisa na cama - ou transou sem vontade - porque o namorado queria. Eu já. Hoje, digo simplesmente "Não estou a fim". E nunca mais fingi um orgasmo. Vai dizer que você nunca fingiu? Cresci numa época em que os pais jamais falavam sobre isso. Pior, nem as minhas amigas. Então, tive que descobrir na luta.
Hoje, por exemplo, não como melancia, que detesto, nem amarrada. Mas passei um tempo tentando me convencer de que era bom só porque todo mundo gostava. Com o sexo é a mesma coisa, você acaba criando mitos que, com a experiência, vão desmoronando um atrás do outro. E eu aprendi algumas lições: é mentira que homem gosta mais de sexo do que mulher; ou que mulher não sabe separar amor de sexo; e esta você já deve ter lido mil vezes em NOVA: masturbação é a melhor forma de conhecer o seu corpo.
Talvez você fique chocada com o que vou dizer, mas, depois de saber o que lhe dá prazer, uma ótima dica é transar algumas boas vezes com um cara de quem você nem goste tanto. Melhor, que goste mais de você do que você dele. O lindo vai suar aquela barriga tanquinho para agradá-la, e sua preocupação será você mesma. Só aprendi isso após os 30. Mais: só tive coragem de fazer isso após os 30.
Por último, mas não menos importante: homem gosta de mulher que arregaça as mangas da blusinha de paetês, toma a iniciativa e faz um serviço benfeito: sexo oral gostoso, assume o controle e fica numa posição em que tenha que suar o blush. Há poucas coisas na vida tão deliciosas como ver o cara de quem você gosta revirando os olhos. E isso a gente demora a aprender. Até lá, fica deitada na cama como uma bela adormecida e deixa que o coitado se lasque procurando o ponto G, que eu mesma só descobri onde era depois dos 30.

Sempre há tempo para virar a vida do avesso

 

 

Aos 20, o mais longe que eu conseguia mirar era o final de semana. A gente se permite tomar decisões erradas, experimentar, não dá para deixar para depois. Nessa fase, mudei de cidade, de trabalho, de namorado. Quanto mais experiências, mais chances você tem de acertar. Aos 30, o futuro é agora, mas ainda dá tempo de mudar tudo. Larguei um trabalho bacana, fui morar fora, quase casei com um gringo, voltei, arranjei outro namorado, outro trabalho. Então, descobri que odiava o que fazia, pedi demissão e hoje tenho o emprego dos meus sonhos. Descobri que meu ex era um idiota, e com isso tive a chance de conhecer outra pessoa, que está com pinta de ser o amor da minha vida. Isso tudo porque você aprende o que a deixa feliz. Aos 20, engoli muita melancia. Agora, olho o menu e já sei o que recusar.

Fazer 30 é bom para elas porque... 

 

 

"Cheguei aos 30 recém-separada. E acho que o rompimento foi apenas reflexo da tomada de consciência do que eu queria para a minha vida. Conquistar a independência financeira, não ter que dar satisfações a ninguém. Sou mais mulher aos 30. Conheço mais o meu corpo e uso como quero, sem pudores. Se é para fazer, que seja bem feito e me leve às alturas!" Leticia Tourinho Dantas, 30 anos, advogada

"Substituí a necessidade de badalar pela vontade de autoconhecimento. Parei de implicar com coisas bobas que tiravam minha mãe do sério e o nosso relacionamento melhorou. Passei a procurar um namorado de verdade, e não um príncipe encantado. Aos 30 anos, tem muito mais valor viver um amor com os defeitos que pode ter, ter bons e poucos amigos, uma noite bem- dormida..." Glenia Silva, 32 anos, consultora de sustentabilidade

"Olhando para trás, vejo quanto era desleixada e gorducha! Passei a me exercitar e me alimentar melhor. O sexo melhorou 100%, fui aprendendo a me soltar, a dizer o que curto e o que não curto. Aos 20, queria ser independente, ter meu próprio dinheiro, aplicar, torrar com viagens. Aos 30, aprendi a gastar menos do que ganho - cheque especial nunca mais!" Renata Bagnolesi, 38, chefe de cozinha

Antes e depois

Acredite, a gente sempre pode mudar para melhor!

Fonte:http://nova.abril.com.br/edicoes/451

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Vai um cachorro quente?

O que as mulheres mais valorizam em um homem?

Segundo a psicóloga Kelen Pizol, as mulheres procuram por segurança, fidelidade e companheirismo. "O homem tem que ser carinhoso e presente sexualmente", diz Kelen.
Na opinião da terapeuta de casais Eliete de Medeiros, os aspectos externos também são muito importantes. "A mulher procura um homem que cuida da sua saúde, que faça algum esporte, de preferência. Pois se ele não cuida nem do próprio corpo, imagine da relação", explica a terapeuta.
 “A mulher admira ainda o homem seguro, próspero e trabalhador, que tenha projetos e um foco na vida", completa Eliete.
Segundo a profissional, não corresponde com a realidade aquele mito de que as mulheres gostam de homens mulherengos. "Elas gostam do 'galinha' somente para ficar, porque ele é popular. Mas para um relacionamento sério nem homens e nem mulheres querem um parceiro desse tipo", afirma.
Outras atitudes apreciadas por elas são o cavalheirismo, carinho e atenção. E, segundo Eliete, esses aspectos estão presentes com maior incidência nos homens mais velhos.
Fonte: http://mulher.terra.com.br 
 
Blog Dias Quentes

Homens problemáticos! Porque só atraio desses na minha vida?

Site dessa imagemzazzle.com.br
Outro dia, em uma palestra, ouvi uma mulher comentando com a amiga sobre o quanto estava cansada de só atrair homens problemáticos. Chegou a dizer que estava com a impressão de que havia se tornado uma espécie de “pararraios de malucos”.

Segundo a tal desiludida, toda relação que começava como uma promessa de prazer e alegria, logo se revelava um poço de problemas e encrencas. Naquele momento, senti que ela pedia um socorro a amiga, querendo saber se deveria continuar tentando encontrar alguém legal ou se seria melhor ficar sozinha.

A outra, tentando ser solícita e compreensiva, repetia com firmeza que era bem melhor ficar sozinha, porque realmente havia muito “doido” pelo mundo e não valia a pena insistir e arriscar de novo, afinal, beijo na boca não faltaria a nenhuma das duas, segundo ela.

Saí daquela palestra bastante reflexivo, tentando imaginar o perfil de loucura dessas pessoas a quem elas se referiam. Tentando imaginar, sobretudo, que tipo de pessoa atrairia tantos malucos a ponto de desistir de se relacionar e desacreditar no amor.

Afinal, a mim parece que ninguém atrai alguém por mero acaso. Ainda mais quando se tratam de casos semelhantes que se repetem indefinidamente. A primeira questão que eu me faria, num caso como esse, é: “o que será que eu ainda não percebi, não aprendi e não mudei?”

Sim, porque se uma pessoa só experimenta relações problemáticas, com toda certeza não está resolvida com suas próprias complicações significativas. Se só atrai malucos, é porque a sua maluquice está gritante, evidente e atraente.

E se, por fim, desistir das pessoas, do amor e dos relacionamentos, estará decretando a si mesma uma sentença desastrosa – a de que todos os demais, exceto elas mesmas, são “doidos” e, portanto, indignos de se tornarem parceiros. Servem apenas para beijar na boca.

De verdade, nada contra os beijos na boca. Pelo contrário, é certamente uma aproximação prazerosa. No entanto, quando uma pessoa não passa, aos olhos da outra, de uma possibilidade de beijar na boca, certamente há algo muito distorcido nesta história.

Partindo do princípio de que os incomodados é que devem mudar, eu diria a essa moça ou a qualquer pessoa que esteja se sentindo um “pararraio de problemáticos” para aproveitar o sinal que a vida está emitindo para se rever e descobrir por que está atraindo isso...

Se acreditar que os opostos se atraem, deve então observar seu excesso de normalidade, sua extrema rigidez ou sua exacerbação de autocrítica. E se acreditar que semelhante atrai semelhante, então nem será preciso pensar tanto. Certamente está precisando reconhecer sua própria doidice e sua falta de noção.

O fato é simples: quanto mais estressantes e confusas são as relações de uma pessoa, mais longe ela está de sua essência e da harmonia que precisa ter com seu próprio coração. À medida que ela se conhece, sabe o que quer e age de modo coerente, pode ter certeza absoluta de que só atrairá e se tornará atraente a quem estiver nesta mesma sintonia...

Fonte: Rosana Braga
 
Blog Educar Para a Humanidade

quarta-feira, 20 de abril de 2011

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CLASSE UNIDA

Durante esse período de correria para tomar posse do cargo no concurso, pude constatar que há professores que se ajudam. Fiz vários amigos, rimos muito e sempre aparece um desavisado que tratamos de orientar. Agradeço a todos que me ajudaram até hoje!

10 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING

 

1. O que é bullying?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

2. O que não é bullying?

Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying. 

3. O bullying é um fenômeno recente?

Não. O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 1970. Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a combater.

4. O que leva o autor do bullying a praticá-lo?

Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.

5. O espectador também participa do bullying?

Sim. O espectador é um personagem fundamental no bullying. É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito.

6. Como identificar o alvo do bullying?

O alvo costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola quanto no lar. ''Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir'', afirma o pediatra Lauro Monteiro Filho. Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência é que a provocação cesse. 

7. Quais são as consequências para o aluno que é alvo de bullying?

O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento.

8. O que é pior: o bullying com agressão física ou o bullying com agressão moral?

Ambas as agressões são graves e têm danos nocivos ao alvo do bullying. Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca.A dificuldade que a escola encontra é justamente porque o professor também vê uma blusa rasgada ou um material furtado como algo concreto. Não percebe que a uma exclusão, por exemplo, é tão dolorida quanto ou até mais.

9. Existe diferença entre o bullying praticado por meninos e por meninas?

De modo geral, sim. As ações dos meninos são mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem. Já no universo feminino o problema se apresenta de forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão. 

10. O que fazer em sala de aula quando se identifica um caso de bullying?

Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. "Se algo ocorre e o professor se omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo", diz Aramis Lopes Neto, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O professor pode identificar os atores do bullying: autores, espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. "Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?", orienta o pediatra Lauro Monteiro Filho.

Veja os conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar
(132 págs., Ed. Artmed, tel; 0800 703 3444):
- Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito;
- Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos;
- Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola.

FONTE:http://revistaescola.abril.com.br

CONHECIMENTO PRÉVIO


Virou quase uma obrigação. Não há (ou pelo menos não deveria haver) professor que inicie a abordagem de um conteúdo sem antes identificar o que sua turma efetivamente conhece sobre o que será tratado. Apesar de corriqueira nos dias de hoje, a prática estava ausente da rotina escolar até o início do século passado. Foi Jean Piaget (1896-1980) quem primeiro chamou a atenção para a importância daquilo que, no atual jargão da área, convencionou chamar-se de conhecimento prévio (leia um resumo do conceito na última página).

As investigações do cientista suíço foram feitas sob a perspectiva do desenvolvimento intelectual. Para entender como a criança passa de um conhecimento mais simples a outro mais complexo, Piaget conduziu um trabalho que durou décadas no Instituto Jean-Jacques Rousseau e no Centro Internacional de Epistemologia Genética, ambos em Genebra, Suíça. Ao observar exaustivamente como os pequenos comparavam, classificavam, ordenavam e relacionavam diferentes objetos, ele compreendeu que a inteligência se desenvolve por um processo de sucessivas fases (leia um trecho de livro na página 3). Dependendo da qualidade das interações de cada sujeito com o meio, as estruturas mentais - condições prévias para o aprendizado, conforme descreve o suíço em sua obra - vão se tornando mais complexas até o fim da vida. Em cada fase do desenvolvimento, elas determinam os limites do que os indivíduos podem compreender.

Dessa perspectiva, fica claro que o cerne de sua investigação relaciona-se à capacidade de raciocínio. Por não estudar o processo do ponto de vista da Educação formal, Piaget não se interessava tanto pelo conhecimento como conteúdo de ensino. Na década de 1960, esse tema mereceu a atenção de outro célebre pensador da Psicologia da Educação, o americano David Ausubel (1918-2008). "Ele foi possivelmente um dos primeiros a usar a expressão conhecimento prévio, hoje consagrada entre os professores", diz Evelyse dos Santos Lemos, pesquisadora do ensino de Ciências e Biologia do Instituto Oswaldo Cruz.

De acordo com Ausubel, o que o aluno já sabe - a ideia-âncora, na sua denominação - é a ponte para a construção de um novo conhecimento por meio da reconfiguração das estruturas mentais existentes ou da elaboração de outras novas. Quando a criança reflete sobre um conteúdo novo, ele ganha significado e torna mais complexo o conhecimento prévio. Para o americano, o conjunto de saberes que a pessoa traz como contribuição ao aprendizado é tão essencial que mereceu uma citação contundente, no livro Psicologia Educacional: "O fator isolado mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. Descubra isso e ensine-o de acordo".

Ao enfatizarem aspectos distintos do conhecimento prévio, as visões de Piaget e Ausubel se complementam. "Para aprender algo são necessárias estruturas mentais que deem conta de novas complexidades e também conteúdos anteriores que ajudam a assimilar saberes", diz Fernando Becker, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Publicado em NOVA ESCOLA, Edição 240, Março 2011, com o título O que cada um sabe é a ponte para saber mais

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O RISCO LEVADO MUITO A SÉRIO

A medida do risco

Pesquisador da Fiocruz faz um alerta sobre os exageros na preocupação com os riscos em saúde na vida cotidiana. Para evitar excessos, recomenda uma avaliação individual mais fria e cética diante de afirmações alarmantes.
Por: Daniela Oliveira
Publicado em 12/04/2011 | Atualizado em 12/04/2011
Em uma sociedade cercada por riscos, as pessoas precisam aprender a controlar e embasar melhor as suas preocupações. Para pesquisador da Fiocruz, hoje predomina o exagero. (montagem: Sofia Moutinho)
Ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios e usar diariamente protetor solar são atitudes que hoje fazem parte da vida de muitas pessoas. Na maioria das vezes, mais que necessárias para combater doenças já existentes, tais ações buscam minimizar os riscos de desenvolver futuros problemas de saúde.
Essa noção de risco, que começou tímida em meados do século passado, tem atualmente participação vigorosa em nosso cotidiano e cumpre uma função bastante positiva no sentido da prevenção.
O problema é quando a preocupação em evitar riscos passa a ser exagerada, seja por incentivo da indústria da saúde ou por pressão da própria sociedade. Nesse caso, o acesso ao conhecimento, que deveria oferecer maior tranquilidade para lidar com as ameaças à saúde, torna-se fonte de mais inquietação e ansiedade.
“Não devemos demonizar a noção de risco, mas o espírito da nossa época transformou isso em algo obsessivo”, observa Luis David Castiel, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz. Ele é um dos autores do livro Correndo o risco: Uma introdução aos riscos em saúde, publicado recentemente pela Editora Fiocruz.
Na avaliação de Castiel, o afã de lidar com as ameaças à saúde torna as medidas de prevenção exageradas. “Na hora em que alguém decide se vai ou não ingerir gorduras saturadas, se vai se dedicar a exercícios físicos, fumar ou não fumar, tudo isso faz com que esse indivíduo esteja todo o tempo preocupado. Estamos todo o tempo envolvidos em práticas para afastar a ameaça. Considero que aí a vida fica muito mais difícil”, observa o pesquisador.

Ditadura do risco

A questão é polêmica, principalmente porque implica em desafiar conhecimentos estabelecidos, presentes no discurso de boa parte dos profissionais da área de saúde. Para Castiel, existe um interesse da indústria farmacêutica em perpetuar o discurso da prevenção a qualquer preço.
“Vivemos numa sociedade em que a prevenção também é uma forma de transformar alguém num paciente, ou num pré-paciente, sem que haja necessariamente um médico tratando”, observa o pesquisador.

Balança
Atualmente as pessoas são obsessivas em relação a controlar seu peso. (foto: Asif Akbar/ scx.hu)
Além disso, o excesso de preocupação com o risco cria um ambiente moralista, propício a atitudes extremas. “Por exemplo, as pessoas têm que compulsivamente controlar seu peso. Já constatamos que a obesidade é uma doença, mas em vez de ter medidas de caráter coletivo, em geral elas são de culpabilização do indivíduo, ou seja, culpabilização da vítima”, explica Castiel.
Os meios de comunicação, na visão do pesquisador, também contribuem para incentivar a cultura do risco. “Há canais de TV que são especialistas na sustentação desse discurso do risco. A mídia acompanha o discurso da ciência. Quase nunca se entra na discussão sobre as controvérsias”, diz.
Ele usa como exemplo um estudo desenvolvido em 2006, nos Estados Unidos, que mostrou que a diminuição em 10% da ingestão de gorduras não fazia diferença no caso de doenças relacionadas, como hiperlipidemia. “Imediatamente, vários órgãos de imprensa questionaram que isso não era possível, até porque era um discurso contrário ao conhecimento existente.”

Qual a medida?

Diante da inevitabilidade de se expor a riscos, como decidir sobre o que merece ou não nossa preocupação? Castiel reconhece que é muito difícil definir um limite, especialmente quando se acumulam possibilidades de riscos à saúde com outros riscos, como ambientais. Um exemplo é o terremoto que atingiu recentemente o Japão e que aliou o risco de desastres naturais com outros advindos da tecnologia (por conta dos possíveis vazamentos de resíduos tóxicos de usinas nucleares).
“Não existe uma receita. Trata-se de uma questão lamentavelmente solitária, em que cada um vai tentar buscar esse equilíbrio”
A medida, segundo ele, deve ser determinada individualmente. “Não existe uma receita. Trata-se de uma questão lamentavelmente solitária, em que cada um vai tentar buscar esse equilíbrio”, aponta.
Para evitar excessos, o pesquisador recomenda que, diante de uma afirmação de risco, o indivíduo pergunte a si mesmo “e daí?” e acione um “freio de emergência”. “O que predomina hoje é o exagero. E o que mais me surpreende é a ausência de dúvida diante de um ambiente que tem tantas implicações. Por isso precisamos estar sempre dispostos a parar e pensar.”

Daniela OliveiraEspecial para a CH On-line/ RJ

Ciência e a Radioatividade

Ciência e mídia em Fukushima

Parece que a ciência, a mídia e a população em geral sempre terão relações conturbadas. E um evento grave e recente como o do acidente nuclear em Fukushima, no Japão, é cenário perfeito para evidenciar as contradições desse triângulo nem tão amoroso assim, que tem ainda outros atores de peso, como os interesses corporativos e as administrações públicas.
Usina nuclear de Fukushima
Silêncio e contradições rondam o acidente nuclear de Fukushima, que foi recentemente alçado ao nível sete de gravidade. (foto: Flickr/ daveeza – CC BY-SA 2.0)
Acidentes nucleares dessa magnitude são felizmente muito raros e, portanto, sempre nos pegam desprevenidos, como qualquer evento que tenha baixa probabilidade e alto risco.
Mas os acidentes nucleares têm agravantes peculiares, como o fato de envolverem um agente que não tem cor nem cheiro, é imperceptível – mesmo em altas doses – e pode agir à distância e afetar não apenas vítimas de hoje, mas também seus descendentes. Esse agente pode ser natural ou artificial, provocar câncer ou curá-lo, gerar eletricidade sem emissão direta de carbono por décadas e, de uma hora para outra, transformar-se em um monstro incontrolável.
Um acidente como o de Fukushima, recentemente promovido ao nível sete de gravidade, tem amplas e graves consequências ambientais, sociais e morais
Um acidente como o de Fukushima, recentemente promovido ao nível sete de gravidade, tem amplas e graves consequências ambientais, sociais e também morais. Expõe o fato de que foi feita, e perdida, uma aposta. De que superestimamos o que sabemos e subestimamos o que ignoramos. E pior: que os que sabem alguma coisa não estão nos contando quase nada.
Vemos com nossos próprios olhos, graças à vasta divulgação de imagens, que, em uma das maiores economias do mundo, os técnicos envolvidos nos trabalhos de emergência no complexo de Fukushima não têm sequer trajes impermeáveis para se aventurar em poças de água altamente radioativa sem sofrer contaminação.
Não sei você, mas eu me senti traído, diminuído, humilhado enquanto cidadão e membro de uma espécie. Há cerca de 40 anos fomos à Lua e voltamos só para provar que podíamos e hoje não há macacões adequados em Fukushima, nem mesmo para trabalhar a temperatura e pressão terrestres. Onde erramos?
Longe de mim a tentação de tirar conclusões sozinho sobre questão tão profunda. Deixo na superfície uma hipótese: não somos seres racionais e temos pouco ou nenhum controle sobre o mundo que nos cerca. Isso pode até não ser verdade. Fukushima seria então a exceção que confirma a regra. Mas está difícil arrumar provas experimentais em contrário.

Informações desencontradas

Para o cidadão médio, entender o que está ocorrendo em Fukushima a partir da cobertura da mídia é um desafio. Um dia lemos que os técnicos ficaram expostos a uma dose de radiação de 200 milisievert e, no dia seguinte, que a dose seria de 200 milisievert por hora. Lemos também que, no acidente nuclear de Chernobyl, foram emitidos X megabequereis; no dia seguinte, que foi emitida essa mesma quantidade, mas por hora; e, no terceiro dia, que foram no total 5,2 bilhões de terabequereis.
Para o cidadão médio, entender o que está ocorrendo em Fukushima a partir da cobertura da mídia é um desafio
Sievert, Bequerel, muito prazer. Qual dos dois é pior? São diferentes, na verdade. O primeiro é unidade de dose, que é uma medida de risco; o segundo é unidade de atividade, ou o número de átomos radioativos que se desintegram por unidade de tempo.
A atividade pode ser altíssima e a dose, zero, se o radioisótopo for emissor de partículas alfa, muito pouco penetrantes, e não tiver contato direto com nosso corpo. Na mesma situação de alta atividade, um emissor gama gera uma dose elevada por irradiação externa, assim como um emissor alfa que tenha sido inalado ou ingerido, produzindo irradiação interna. Contaminação irradia, mas irradiação não contamina.
Alfa, beta, gama, elétrons, ionização, terabequereis, silêncio e contradições: tudo isso – e mais alguma coisa – está presente em Fukushima.
No acidente com césio-137 em Goiânia, em 1987, havia os mesmos ingredientes, com exceção de emissores alfa.
Césio
Ampola contendo césio, metal que dá origem ao césio-137, elemento radioativo responsável pela contaminação em Goiânia em 1987. (foto: Dennis s.k/ CC BY-SA 3.0)
Diante dos mistérios insondáveis da contaminação que irradia e da irradiação que não contamina, os goianos cunharam na época uma expressão amalgamadora e, de certa forma, definitiva: “Fulano está radiado”, ou seja, foi irradiado (condenado, amaldiçoado) e/ou contaminado (condenado que pode transmitir a maldição) e, portanto, deve ser riscado do convívio social. E assim foi em Goiânia, e será para boa parte da população em torno de Fukushima, por mais injusto que seja.
Viver é mesmo perigoso. Podiam nos explicar melhor o quanto
Sabemos calcular o risco associado ao consumo de 50 gramas diários de espinafre com 500 bequereis de iodo-131 ou césio-137 por quilo, e avaliar quanto custa um enfarte ou um câncer. Mas não sabemos dizer a quantos bequereis equivaleria a perda de seu círculo familiar e social. Calma! Perder um(a) namorado(a) equivale –hipoteticamente – a apenas cinco tomografias, ou a ter 60 anos durante um dia, ou ser alpinista durante meia hora, ou ser homem, afrodescendente e com idade entre 18 e 25 anos em uma cidade brasileira por 2 minutos.
Ué, mas então tomografia usa radiação e tem risco?
Viver é mesmo perigoso. Podiam nos explicar melhor o quanto.
Mas queremos mesmo saber?

Jean Remy Davée Guimarães
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fonte: Ciência Hoje On-line

Do Blog do Diego Sousa

Lambança

A mãe do Jovem Cícero Nogueira recebeu anteonte um telefone da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde do Pará) para que ela comparecesse na seretaria levando toda a documentação do rapaz, pois a mesma havia sido notificada pela Defensoria Pública da União a respeito do caso. Uma comissão de seis pessoas do movimento Solidariedade em Favor da Vida estiveram junto com Vânia, que é a mãe de Cícero, lá foram informados de que no Hospital Ophir Loyola não havia registro algum nem de cirurgia do rapaz muito menos de pedido de prótese, após pressão e ameaça de mover processo contra o hospital e o estado pela comissão, acharam um pedido datado de 10/04/2011, o que deveria ter data no minímo do segundo semestre de 2010. "Para não se sujar" e com medo do que poderá acontecer, a SESPA se comprometeu  em se manifestar amanhã, só que desta vez com uma posição concreta.
Como já falei aqui, caso esta prótese seja garantida pelo estado antes da arrecadação do 50 mil que é o preço do procedimento particular, todo o dinheiro que esta na conta de Cícero será destinado a construção de uma ONG que cuidará de casos como o dele, vamos acompanhar de pertinho o desenrolar desta história.

ATENÇÃO CONCURSADOS

EM CASTANHAL, NO LABORATÓRIO BIOANÁLISES, HÁ UM PACOTE DE EXAMES (hemograma completo, glicemia, eletrocardiograma com laudo e laudo psiquiátrico)  NO VALOR DE R$ 150,00. ISSO MESMO, ESSE VALOR PARA O PACOTE. O ENDEREÇO DO LOCAL É NA AV. SENADOR LEMOS, EM FRENTE AO RESTAURANTE SABOREAR.

Boa economia!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Meus queridos

Perdão pela demora nas atualizações das postagens, mas logo estarei de volta!
Estou cuidando de praticidades no trabalho e na vida pessoal. Aguardem novidades.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

AOS MEUS AMIGOS!!!


Para aqueles que acreditaram em mim
quando eu não mais acreditava em mim mesmo.
Para aqueles que com seu sorriso removeram a sombra do meu rosto.
Para aqueles que trocaram, sem regatear,
sua alegria sincera pelos meus pesares.
Para aqueles cujo amor e cujo riso me deram asas
e um céu azul para voar.
Para aqueles por quem minha gratidão será sempre pequena,
nesta vida ou na próxima.
Para meus amigos.
(Bradley Trevor Greive)

AGUARDEM...

Divulgarei futuramente um projeto sobre educação sexual nos ensinos fundamental e médio!!!

AOS CONCURSADOS

Meus caros leitores, o Governo do Estado cumpriu com o prometido! Hoje saiu no diário oficial a lista de nomeações dos concursos da SEDUC, SEEL, SESPA, dentre outros. Aí estão os nomeados para a URE de Santa Izabel, observem só o 1º nome!

11ª URE - SANTA IZABEL DO PARÁ
DISCIPLINA: BIOLOGIA
ELIANE DE FATIMA DA SILVA ALVES
ZILNAIDE NUNES DE LIMA
CAMILLO ARAUJO DE CARVALHO
SONIA MARIA SOUSA DE SOUSA
CARLOS ALEXANDRE MAIA BORCEM
NORMA IRAN DE SOUZA PONTES
MARA CRISTINA DA NATIVIDADE SOUSA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
SIMONE MARIA DA FROTA COSTA
LUIZ HELENO SOARES LEITE
EMERSON RICARDO DA SILVA BARBOSA
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
ANTONIO EDSON FREITAS DE SOUZA
FRANCIANE MOURA CARDOSO
FRANK DA COSTA CAMPOS
MARIA EUNICE CONCEICAO DOS SANTOS
DISCIPLINA: HISTÓRIA
FRANCISCO CARLOS ESTUMANO FERREIRA
LUIS CARLOS LIMA DOS REIS
VERA MARIA MARQUES DE SOUZA
ROSE MARY CAMPOS DE OLIVEIRA
DISMAEL DUARTE DE SOUZA
ELIDIO RUY DE ATHAYDE CABRAL NETO
MARILIN GENEZARETH DE OLIVEIRA
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
EDIR DE ASSUNCAO PACHECO
DIEGO SANTOS FARIAS
JOAO ALDENOR PAES DE MORAES
PAULO ANDRE FERREIRA DA SILVA
DISCIPLINA: PORTUGUÊS
DIANA CASTRO PESSOA
FRANCISCO LOPES DOS SANTOS
SHEILA MEDEIROS SIQUEIRA MARQUES
ALEX JOHNSON S DE OLIVEIRA FERREIRA
MARICKO SUAMI DOS SANTOS
ELAINE PASTANA VALERIO
ANA MARIA DE OLIVEIRA ANDRADE
EDNILDE DO ROSARIO MONTEIRO
ROSINEIDE DE AQUINO OLIVEIRA
MARCIO BARROS SANTIAGO
SURAMA HUNGRIA NUNES
DISCIPLINA: QUÍMICA
ALCY FAVACHO RIBEIRO
RILDO VAZ ALVES
ERIVALDO OLIVEIRA DA COSTA
LUIS MANOEL CAMPOS MONTEIRO
EVANDRO FERREIRA DE BRITO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
ANDREY FARO DE LIMA
ARLENA MARIA SANTOS REIS
CRISTIANE REGINA IBIAPINA TEIXEIRA
JARDEL NACIMENTO DA SILVA
AGDA ALDENORA DOS REIS