Em uma aula com meus alunos na tarde de ontem, debatemos sobre sexualidade. Uma das coisas que chamou minha atenção foi a "normalidade" com que eles querem tratar temas extremamente pessoais, a facilidade em alienar-se com o que a mídia ou os colegas apresentam como verdade e o fato de que esse tema sempre é levado como uma comédia.
O jovem acha que sabe tudo sobre sexo, no entanto, suas fontes de informação estão muito longe da escola. O fato de querer fazer sexo com um parceiro, sem conhecer temas como o orgasmo, proteção, marturbação, opção sexual e o seu próprio corpo me preocupa, pois até que ponto a juventude está se preocupando com sua saúde mental e física? Cada indivíduo tem seu tempo para a responsabilidade, para a sexualidade, para respeitar a opinião dos outros. Além disso, muitos pais acham que dar todos os bens materiais que seus filhos pedem é suficiente para educar, no entanto, o que muitos querem é só um pouco de atenção e sentirem que são amados. A atenção e orientação que os pais não dão em casa, muitos jovens buscam nas experiências de seus colegas e poucos a buscam na escola. Para essa fase da vida, os sentimentos de afetividade (amor, paixão) pesam muito sobre a sexualidade.
Falar sobre sexo com os filhos não vai tirar a inocência deles, mas a ignorância. Orientar sobre a primeira relação sexual, respeitar as diferentes opções sexuais de nosso tempo, falar sobre pudor, como nossa legislação é formulada sobre esse tema e não separar esse tema da cultura religiosa, é complicado, mas não é impossível.
Muitas atitudes podem parecer normais entre jovens, no entanto, para um adulto, com toda sua experiência e vivência, parece algo que viola o pudor social. O adulto precisa abordar o tema com os jovens apresentando argumentos que os façam refletir.
Aos meus queridos alunos: busquem informação em todos os veículos possíveis, mas não deixem de dialogar com alguém que possa contribuir e ajuda-lo com suas dúvidas!
Aos pais: buscar orientação de profissionais especializados sobre esse tema pode ajudar muito na sua abordagem sobre sexo com seu filho(a) e não esqueça dos laços de afetividade, importantíssimos nessa fase da vida!
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