quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PEDALAR É PRECISO!!!


Érica Sepúlveda, consultora ambiental, se arruma pela manhã e desce para buscar o veículo que a conduz até o trabalho. Até aí, é a descrição da rotina de qualquer trabalhador. Com um diferencial: o transporte em questão é uma bicicleta, com a qual a moça faz a trajetória de 16 km diários - ida e volta entre os bairros da Lapa e Botafogo, no Rio de Janeiro.

Sem suar, nem se descabelar - Érica faz questão da observação. "Vou ao cinema, faço compras, encontro amigos à noite", enumera os lugares em que a bike é uma mão na roda (ou seriam duas rodas?) para chegar ao destino. O truque para se manter impecável? "Pedalar sem pressa. Eu ando de bicicleta do jeito que eu quero me vestir, só acrescento capacete e luvas. Com saia, vestido e dá até para usar salto", explica.

Representante do movimento Cycle Chic no Rio de Janeiro, Tiago Leitman faz coro e levanta a bandeira da elegância dos ciclistas. O brado, originalmente surgido em Copenhagen pelo dinamarquês Mikael Colville-Andersen, tem lema mais ou menos assim: resgatar a normalidade da bike como meio de locomoção.

"Ninguém se veste diferente para andar de ônibus e o mesmo deve acontecer com a bicicleta", protesta Tiago, 33 anos. Pensando nisso, o rapaz criou um evento para unir os que têm as duas paixões em comum: pedais e estilo. Uma vez por mês, em época de lua cheia, eles se reúnem para uma jornada coletiva em marcha lenta. Tiago acopla à sua bike uma caixa de som e a festa acontece em movimento na capital fluminense. O nome do evento é sugestivo: Passeio Completo. 

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NO TRÂNSITO

"Antes do automóvel, a bicicleta era o padrão de transporte individual", defende Leitman. "Mas, de uns tempos para cá, a indústria vem associando a bike a duas noções: a de brinquedo de criança e a de equipamento esportivo. Ao falar no assunto, logo surge a imagem de uma pessoa suada, cheia de equipamentos. Isso faz com que a população não se identifique", completa.

Reflexo desta visão que somente associa a bicicleta a hobby de fim de semana ou a aventureiros, surgem problemas no trânsito. Falta de segurança e estacionamento para as magrelas, desinformação dos motoristas de carro sobre as regras de respeito ao ciclista, para citar apenas algumas das queixas de quem comanda os guidões Brasil afora.

Para conscientizar a população e cobrar atitude das autoridades, Zé Lobo criou a ONG Transporte Ativo, que defende não só a causa das bicicletas, mas de todos os transportes amigáveis e não poluentes. "Em geral, as pessoas só conhecem as regras de trânsito que são cobradas na prova do Detran. É preciso um trabalho de educação", cobra Zé.

Além de bom para o meio ambiente, ele enumera outras vantagens de aposentar a carteira de motorista: "A pontualidade e a liberdade. Quem se locomove de bicicleta tem um contato muito maior com a cidade e seus personagens".

PARA A SAÚDE


Vanessa Machado, 27 anos, estudante de jornalismo, assina embaixo. "Quando ia para o trabalho de ônibus, chegava com dor de cabeça, mal-estar", conta. Agora, ela é craque nos pedais e não abdica da bike nem para levar o filho Lucas, 5 anos, para a escola. "Tem gente que paga para malhar em academias. Com as pedaladas, eu garanto a boa forma naturalmente", revela ela que já chegou a percorrer mais de 100 km (ida e volta) de trajeto.

Bruno Lima, coordenador de atividades coletivas e do Programa Outside da Rede de Academias Bodytech! enumera os benefícios do hábito: "Redução do percentual de gordura, melhora do condicionamento cardiorrespiratório, aumento da força e da resistência dos membros inferiores, melhora do bom humor e da autoestima". O expert ainda brinca: "Se usada como meio de transporte, também melhora a ‘saúde' financeira!".

Fonte: ttp://msn.bolsademulher.com/mundomelhor

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