terça-feira, 26 de julho de 2011

DO BLOG AMIGO MACHO

O amor nos tempos da Internet

postado por Alex Xavier
Levei um cutucão e não sabia o significado. No Facebook, quero dizer.
Entrei no perfil dela, uma moça linda e sorridente, amiga de amigas minhas. Na época, eu não tinha lido o post do Sexpert sobre o novo uso da ferramenta e banquei o inocente até descobrir que se tratava de uma cantada. O futuro realmente chegou e as pessoas vão atrás umas das outras virtualmente. Ainda estou me adaptando aos novos tempos, mas posso dizer que curti (outra releitura atualíssima). Por outro lado, isso está afetando a comunicação real.
O amor nos tempos de Internet
Foto: iStockphoto

Uma vez, liguei para uma garota que conheci em um bar e perguntei se estaria livre para sair comigo no dia seguinte. Ela até foi simpática, mas de pouco papo. Tinha muito trabalho, ainda se sentia ligada ao ex, não queria novas emoções naquele momento. Tudo bem, nos despedimos sem crise. Menos de cinco minutos depois, chega um torpedo dela no meu celular, cheio de pontos de exclamação, dizendo que adorou me conhecer e queria me convidar para fazer algo no mesmo dia. Contei a uma amiga e ela me repreendeu: “Telefonar foi meio agressivo, não?”. Na era do MSN e do SMS, ligar ganhou o rótulo “agressivo”
As pessoas se sentem mais à vontade escrevendo do que falando. A tecnologia deu uma vida social a muito tímido por aí. As relações começam agora com um “cutucar” e terminam com um “bloquear”. Ok, para alguns, acaba em uma mudança marcante no perfil, com um “casado (a)”.
No meio do caminho, rola um “em relacionamento sério com…”, que nada mais é do que a aliança de compromisso da tal Geração Y. O uso é o mesmo. Tanto o anel quanto o status na rede social servem para você avisar o mundo que não está mais disponível. Acho divertido o “em um relacionamento enrolado com…”. Sempre dá vazão à imaginação.
No entanto, mesmo com esta etiquetação das relações, as pessoas têm certa dificuldade de definir em que ponto o casal está. Uma amiga vê o mesmo cara – e apenas ele – há semanas. Eles trocam mensagens a toda hora pelo iPhone, saem bastante durante a semana, dormem juntos várias noites. Cada um deixou uma escova de dente na casa do outro. As mães deles já se referem aos parceiros dos filhos pelo nome! E mesmo assim eles não sabem se estão namorando. “Ainda não mudei meu status no Facebook”, justificou minha amiga. Desculpem, mas está rolando.
Divirtam-se!

Toda hora passa na TV a propaganda de um site de relacionamentos que se diz “responsável por 5% dos casamentos nos Estados Unidos”. Se isso for verdade, fico triste. Não que ninguém possa achar sua alma gêmea assim, mas acho que a maioria se juntou apenas à outra pessoa que também se cansou de ficar sozinha. Concordo que balada é o pior lugar para buscar o amor da sua vida. Mas não gosto da ideia de um computador tomando decisões sobre minha vida sentimental. Que as pessoas nunca deixem de se apaixonar ao acaso. Cutucões são legais, mas ainda prefiro os esbarrões.

Comentário do Blog: A conquista é bem melhor quando você reconhece alguém de um ciclo de amizade para não ter surpresas com problemas futuros que envolvam dinheiro, moral e até a integridade física. Concordo com o Alex, é bem melhor o corpo a corpo do que a tela da web cam! 
Usem essas ferramentas com cautela!

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